quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E o Oscar vem aí...



Então galera FINALMENTE o Oscar tá aí, é agora no domingo, dia 26. E, sinceramente, de todas as outras edições, acho que essa foi a que eu mais fiquei ansiosa. Talvez porque minhas férias foram mais longas do que o normal e deu tempo eu assistir a maioria dos filmes indicados em alguma categoria, mas, principalmente, porque nesse ano o negócio tá F-O-D-A. Os cineastas resolveram chutar o pau da barraca e mostrar quem manda nessa porra, e isso resultou em fááários filmes lindíssimos pra você assistir.

Então, como já temos um post aqui sobre a categoria principal da premiação, vou fazer um post de véspera comentando alguns indicados a outras categorias menos notadas.


Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres



O filme é uma adaptação da primeira parte da trilogia sueca Millenium, de Stieg Larsson. Mikael Blomkvist (Daniel Craig) é condenado por difamar em sua revista um magnata industrial e bilionário e está com a reputação abalada. Na noite de natal, recebe uma ligação inesperada com a proposta de ir a Hedestad, norte da suécia, ouvir uma oferta de emprego. Relutante, mas curioso, vai à cidade e recebe o pedido de investigar a fundo o assassinato de Harriet Vanger, neta do ex-diretor das indústrias Vanger, Henrik Vanger (Christopher Plummer), desaparecida há 40 anos. Enquanto isso, o filme passa a mostrar a vida de Lisbeth Salander (Rooney Mara), que é uma hacker e excepcional investigadora, contratada pra fazer uma minunciosa investigação sobre Mikael. Junto a isso, passa por um momento difícil, ao perder seu tutor e pessoa mais próxima (pois é guardada pelo estado por incompetência em administrar sua vida e por questões psicológicas), e cai nas mãos de um novo tutor de índole duvidosa. Lisbeth e Mikael acabam se encontrando para investigar o caso Harriet juntos e a trama se desenvolve em um suspense policial impactante.

Vou confessar: foi muito, mas muito difícil fazer uma sinopse desse filme. De verdade, como vocês já devem ter notado, não sei ser sintética e li o livro, ou seja, isso aí é o resumo do resumo... Digo pra vocês, é um suspense policial excelente. Mas teria que ter alguém muito competente pra adaptá-lo com qualidade pro cinema, daí veio David Fincher e fez (tem também o filme sueco, o qual não assisti, então não vou comentar se é bom ou ruim). O filme é de uma perfeição (passional: detected), o qual o adaptador escolheu de forma genial o que cortar, mudar ou acrescentar. O diretor deu densidade à história que, no original é feita de muitos diálogos e muita ação, conservando sua dinamicidade e mantendo a emoção do espectador.

Não posso deixar de comentar aqui, quem conhece bem o diretor, sabe o quão ousado ele é. Pois, nesse caso, tornou ainda mais grotesca e animalesca a violência da trama, com artifícios bem típicos de Fincher. Além da abertura, nossa, que é aquilo? Fiquei com o coração acelerado de ansiedade com a abertura do filme, sim ou claro? E também a atuação INCRÍVEL de Rooney Mara. Pra quem leu o livro, com todas as descrições de Lisbeth, sabe  a surpresa que foi vê-la ali, tão maravilhosa, de carne e osso. 

Direção: David Fincher (Clube da Luta, Seven, O Curioso caso de Benjamin Button, A Rede Social);

Oscar - indicado a: Melhor Atriz (Rooney Mara), Melhor Edição, Melhor Fotografia, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som.




A Dama de Ferro

´

É um filme de estilo biográfico e conta a história da polêmica Margaret Tatcher, primeira-ministra da Inglaterra entre 1979 e 1990. A trama inicia com a figura já idosa, frágil e confusa, que tem alucinações de conversas rotineiras com o marido que morreu de câncer há anos, e intercala flashbacks da sua adolescência ao fim da sua carreira política. Em suas lembranças, narra não tinha os mesmos interesses das moças da sua época. Consegue admissão em Oxford, onde começa a se destacar por mostrar interesses políticos. Aos poucos, entra no partido conservador e vai subindo de posição até chegar ao parlamento e ao cargo máximo do país. Entre esses flashbacks, mostra como conheceu seu marido, passa por sua solidão e vontade de ver os filhos já na velhice, além da batalha contra suas alucinações: precisa aceitar que o marido morreu, e que aquela imagem que a faz companhia não é real. 

O filme é tecnicamente muito bom que, ao meu ver, foi bombardeado com comentários dos mais negativos pelos críticos de cinema (bleeh!) por esses exigirem da obra mais do que o seu criador quis dar. Sim, pois o interpretei como um filme de objetivos biográficos e históricos, não entrando muito no campo político-ideológico e isso não necessariamente o torna ruim, é apenas uma escolha do cineasta. Beleza, houve uma certa humanização da Margaret, mas achei natural, por querer mostrar a imagem dela hoje, já aos seus 86 anos. Acontece que ele mostrou também o quão escrota péssima ela foi, o quanto ela fez escolhas antipopulares e o quanto ela merecia ser expulsa daquele pedestal de poder.

Obviamente não posso deixar de comentar sobre o mais lindo de tudo: Meryl Streep. Atuação fantástica, linda, incrível. Se não ganhar o Oscar nesse ano, o negócio é pessoal. Maquiagem muitíssimo bem feita também. 

Direção: Phyllida Lloyd (Mamma Mia!);

Oscar - indicado a: Melhor Atriz - Meryl Streep e Melhor Maquiagem. 

Rango



Rango é um camaleão de estimação, criado em cativeiro, que atua em comerciais de propaganda e é uma estrela no mundo animal. Por um acidente, sua gaiola cai do carro, onde está sendo levado pra filmar seu próximo comercial, e ele se vê no meio do nada, em um deserto. Já começa a sentir as dificuldades da vida fora dos cuidados dos humanos, com o sol escaldante que resseca sua pele e os predadores que começam a atacá-lo. No caminho, acha uma cidade chamada Vila Poeira, na qual começa a treinar sua atuação fingindo ser um machão corajoso e violento. Os moradores começam a tomá-lo como herói e o tomam como xerife da cidade. Nesse tempo, tem que demonstrar a coragem fajuta, pois a vila está sem água e o banco (água é a moeda do local) foi roubado. Na tentativa de resgatar a água, descobre que ela está sendo desviada e todos os moradores estão sendo enganados. 

Gente, essa é uma das melhores animações que já assisti. Sério, em todos os aspectos. É muito bem feita, das tempestades de areias super realistas, aos bichos do deserto super detalhados. As imagens são muito bonitas, é impressionante. Há também o fato de o filme se preocupar mais em contar a história do que em pôr uma moral no fim, sendo bem original e interessante pra qualquer idade. Detalhe: a voz do Rango é a do Johnny Depp. 

Direção: Gore Verbinski
Oscar - indicado a: Melhor Animação. 

Então, confiram os resultados no Oscar agora no domingo! :) 
E foi mal galera se escrevo demais, mas é que cinema é tudo de bom. 

5 comentários:

  1. Eu acho que ainda não consegui assistir quase nada dos filmes que estão concorrendo à premiação... mas aos pouquinhos vou assistindo!

    =)

    Beijinhos e te vejo ano que vem no carnaval de Olinda???? rsrsrsrs

    ResponderExcluir
  2. Nos últimos tempos tenho ficado com uma mega preguiça de assistir ao Oscar, acho que porque os meus filmes preferidos acabam ficando esquecidos. Mas tem muita coisa boa esse ano mesmo...

    ResponderExcluir
  3. Gostei muito do homem que não amava as mulheres. Superou minhas expectativas.
    beijinhos

    ResponderExcluir
  4. Esse realmente está muito bom! Tomara que não cometam nenhuma injustiça...
    beijos

    ResponderExcluir